Durante uma entrevista concedida à Agência Brasil, o embaixador ressaltou a relevância de enfrentar os desafios climáticos e a necessidade de envolvimento de todos na proteção do meio ambiente. Ele mencionou a importância do Brasil ser um país que pode servir como ponte entre nações ricas e pobres devido ao seu perfil socioeconômico.
Corrêa do Lago também abordou a questão do desmatamento, reconhecendo que é um ponto a ser melhorado no país. No entanto, ele acredita que o Brasil está avançando para resolver esse problema e se equiparar a outros países no que diz respeito à emissão de gases poluentes.
Além disso, o embaixador destacou a liderança do Brasil no desenvolvimento e uso de biocombustíveis, como o etanol, que são fontes de energia renováveis e menos poluentes. Ele ressaltou que os biocombustíveis são parte de uma variedade de soluções para a descarbonização e que o Brasil tem muito a contribuir nesse aspecto.
Corrêa do Lago também discutiu a importância das negociações internacionais, destacando o papel dos países de média renda, como o Brasil, no combate às mudanças climáticas. Ele enfatizou a necessidade de financiamento para esses países e a importância da ciência na busca por soluções para os desafios ambientais.
Em relação ao papel da ciência, a diretora da Coppe/UFRJ, Suzana Kahn, destacou a interconexão entre diferentes áreas de conhecimento como forma de encontrar soluções eficazes para os problemas ambientais. Ela ressaltou a importância de formar profissionais com uma visão ampla e interdisciplinar para enfrentar os desafios atuais e futuros relacionados ao meio ambiente.
O embaixador brasileiro concluiu que o Brasil tem muito a contribuir nas discussões internacionais sobre mudanças climáticas e energia sustentável, e que está empenhado em atuar como uma ponte entre diferentes nações para buscar soluções coletivas para os problemas ambientais globais.