O militar foi alvo de busca e apreensão em sua residência, localizada no Setor Militar Urbano (SMU), e passou por exame de corpo de delito na Superintendência da Polícia Federal antes de ser transferido para o batalhão militar, devido ao seu cargo de oficial do Exército, que não permite a prisão em presídio comum.
Mauro Cid assinou um acordo de colaboração premiada após ter sido preso no âmbito de investigações que apuram fraudes em certificados de vacinação contra covid-19 e uma suposta tentativa de golpe de Estado no governo Bolsonaro. Ele estava em liberdade desde setembro do ano passado, quando teve sua delação homologada por Alexandre de Moraes.
Durante o depoimento, que durou cerca de uma hora e foi conduzido pelo desembargador Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes, Cid foi informado de sua prisão e passou mal, sendo assistido por uma equipe de brigadistas do Supremo. O militar voltou a ser preso por descumprir medidas cautelares e pelo crime de obstrução de justiça, segundo as autoridades.
De acordo com reportagens, Mauro Cid alegou ter sido pressionado pela PF a fornecer informações sem conhecimento e afirmou que a Procuradoria-Geral da República e Alexandre de Moraes estariam esperando o momento certo para “prender todo mundo”. A defesa do ex-ajudante de ordens argumentou que suas declarações foram um desabafo diante do momento difícil e da pressão sofrida pelas investigações.