Nova armadilha biodegradável MataAedes promete reduzir em 80% população de mosquitos transmissores de doenças como dengue e zika.

Em uma importante pesquisa desenvolvida por cientistas brasileiros da Universidade Estadual do Norte Fluminense, foi criada uma ferramenta inovadora e acessível para o controle de pernilongos e do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana. Batizado de MataAedes, esse produto promete revolucionar a forma como lidamos com essas pragas.

Segundo Adriano Rodrigues de Paula, um dos autores da pesquisa, o MataAedes não agride o meio ambiente nem os animais, sendo uma opção segura e eficaz. O mecanismo tem a capacidade de atrair e matar mosquitos em até 48 horas, utilizando um fungo como principal agente de controle. Esse fungo, encontrado comumente em florestas, foi isolado e cultivado em laboratório para ser utilizado na formulação das armadilhas, que simulam um ambiente favorável para os mosquitos, mas que, na verdade, os levam à morte.

Após mais de uma década de testes, análises e monitoramento, os resultados obtidos foram bastante animadores. Residências que receberam as armadilhas com o fungo apresentaram uma redução de aproximadamente 80% na população de mosquitos, comparadas com aquelas que não utilizaram esse método. Essa descoberta representa mais uma importante ferramenta para o controle do Aedes aegypti e dos pernilongos, podendo ser combinada com outras estratégias, como a eliminação de criadouros e a instalação de telas em janelas.

Além disso, a pesquisa foi apoiada financeiramente pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e teve sua aplicação testada em mais de 200 residências, estabelecimentos comerciais e espaços públicos em Campos dos Goytacazes e Barra de São João, regiões do noroeste fluminense. Com esses resultados promissores, a expectativa é que a utilização do MataAedes possa contribuir significativamente para a redução dos casos de dengue, zika e chikungunya nessas localidades.

Portanto, essa inovação científica brasileira representa um avanço crucial no combate às doenças transmitidas por mosquitos, oferecendo uma solução simples, acessível e eficaz para a proteção da população.

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