Segundo informações da assessoria do partido, mesmo sendo filiado ao União Brasil, Chiquinho Brazão já não mantinha vínculos com a legenda e havia solicitado autorização ao Tribunal Superior Eleitoral para se desfiliar. A decisão sobre a expulsão do deputado será discutida durante a reunião da Comissão Executiva Nacional do partido que está marcada para a próxima terça-feira, dia 26 de março. O estatuto do partido prevê a aplicação da sanção de expulsão com o cancelamento da filiação partidária de forma cautelar em casos de gravidade e urgência.
As investigações apontam que Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), o deputado federal Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, foram presos. Chiquinho estava em seu segundo mandato consecutivo como deputado federal.
A prisão dos suspeitos acontece poucos dias após o Supremo Tribunal Federal homologar o acordo de delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como o executor dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes. Uma vez que o caso envolve um político com foro privilegiado, como é o caso de Chiquinho Brazão, o processo passou a ser conduzido no STF pelo ministro Alexandre de Moraes.
Domingos Brazão afirmou em entrevista anterior que não conhecia a vereadora Marielle Franco. Já Chiquinho Brazão divulgou uma nota em que se diz surpreendido pelas especulações e que mantinha uma relação amistosa com Marielle.
A reportagem está em busca de contato com as defesas dos acusados presos para obter as posições de cada um diante das acusações. A situação segue sob investigação e novas informações devem surgir nos próximos dias.