Na manhã deste domingo (24), a Operação Murder Inc, realizada pela Polícia Federal, prendeu três suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e de atrapalhar as investigações. Entre os detidos estão Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
A ação policial ocorreu menos de uma semana após o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar o acordo de delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como executor do crime. Por conta do envolvimento de um político com foro privilegiado, como é o caso de Chiquinho Brazão, o caso passou a ser conduzido na Corte pelo ministro Alexandre de Moraes. Detalhes sobre a operação serão divulgados em uma coletiva de imprensa marcada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, às 14h.
Em declarações anteriores, Domingos Brazão afirmou em entrevista ao UOL, em janeiro deste ano, que não conhecia e não se lembrava da vereadora Marielle Franco. Já Chiquinho Brazão divulgou uma nota no dia 20 de março, após o vazamento da acusação de ser o mandante do crime, afirmando estar “surpreendido pelas especulações” e que seu convívio com Marielle sempre foi “amistoso e cordial”.
A reportagem está em contato com as defesas dos acusados presos para saber as posições de cada um diante das acusações. Os suspeitos serão transferidos para Brasília nas próximas horas, conforme informações obtidas pela Polícia Federal. O desenrolar desse caso chocante continua a chamar a atenção da opinião pública e dos órgãos investigativos.
