O coordenador geral do Instituto, Jorge Abrahão, destacou a importância desses dados ao ressaltar que a diferença de 15 anos na idade média ao morrer demonstra a desigualdade presente no país. Segundo ele, essa discrepância está diretamente relacionada aos investimentos em políticas públicas, como saneamento, habitação, saúde e educação. O estudo comparou 40 indicadores em áreas como educação, saúde, renda, habitação e saneamento, evidenciando a grande disparidade existente entre as diferentes regiões e estados brasileiros.
Um dos indicadores analisados foi o acesso ao esgotamento sanitário, que revelou que 100% da população de São Paulo possui esse serviço, enquanto em Porto Velho apenas 5,8% dos habitantes têm acesso. Abrahão ressaltou que mesmo em cidades consideradas bem colocadas no ranking, ainda existem desafios a serem superados. Por outro lado, cidades como Porto Velho foram classificadas com o pior desempenho, mostrando a necessidade de políticas públicas que abordem as desigualdades presentes no país.
O estudo aponta que a desigualdade social está diretamente ligada às questões econômicas e que políticas mais eficazes e direcionadas são necessárias para combater essa realidade. Com as eleições municipais de 2024 se aproximando, Abrahão destaca a importância de os eleitores estarem atentos a esses indicadores ao escolherem seus candidatos, de modo a pressionar por políticas que promovam a redução das desigualdades sociais no Brasil.