Ministério das Relações Exteriores manifesta preocupação com processo eleitoral na Venezuela em nota à imprensa.

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) expressou sua preocupação em relação ao processo eleitoral na Venezuela, em comunicado à imprensa divulgado nesta terça-feira. O governo brasileiro declarou estar acompanhando com expectativa e preocupação o desenrolar das eleições no país vizinho.

Essa manifestação marca a primeira vez, durante a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o governo brasileiro se pronuncia sobre as eleições na Venezuela. O prazo para o registro de candidaturas para as eleições presidenciais venezuelanas encerrou na noite de segunda-feira, porém a coligação de oposição ao presidente Nicolás Maduro informou que não conseguiu registrar a candidatura da filósofa e professora universitária Corina Yoris.

O Ministério das Relações Exteriores destacou que o impedimento do registro da candidatura de Yoris não está em conformidade com os acordos assinados em Barbados em outubro do ano passado, que tinham como objetivo promover o diálogo, direitos políticos e garantias eleitorais na Venezuela. Até o momento, não houve uma explicação oficial para esse impedimento.

Apesar do obstáculo enfrentado pela opositora de Maduro, o MRE ressaltou que 11 candidatos ligados a correntes de oposição conseguiram registrar suas candidaturas para concorrer à presidência. Um exemplo citado foi o atual governador do município de Zulia, Manuel Rosales, que faz parte da Plataforma Unitaria e concorrerá contra Nicolás Maduro nas urnas.

O Palácio Itamaraty anunciou que o Brasil, em conjunto com outros membros da comunidade internacional, pretende cooperar para que as eleições na Venezuela sejam um passo importante para a normalização da vida política e o fortalecimento da democracia no país vizinho. O Brasil foi descrito como um “amigo” da Venezuela.

Por fim, o Brasil reiterou sua posição contrária a quaisquer tipos de sanções contra a Venezuela, argumentando que essas medidas, além de serem ilegais, só contribuem para isolar o país e aumentar o sofrimento de seu povo. O país se compromete a seguir acompanhando de perto o desenrolar do processo eleitoral na Venezuela e a contribuir, juntamente com outros atores internacionais, para o fortalecimento da democracia na região.

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