Os partidos alegam que Moro, que na época estava no Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República, teria realizado despesas excessivas antes de se filiar ao União Brasil e decidir se candidatar ao Senado, gerando uma suposta “desvantagem ilícita” em relação aos demais concorrentes. Segundo a acusação, foram gastos cerca de R$ 2 milhões do Fundo Partidário com a filiação de Moro e produção de vídeos promocionais, consultorias eleitorais, entre outros serviços.
O advogado de defesa, Gustavo Guedes, rebate as acusações, argumentando que não houve caixa 2 nas eleições e que os gastos foram inflados pela acusação. Segundo Guedes, a suposta pré-campanha “mais robusta” de Moro não foi o motivo de sua não eleição no Paraná, e destacou a importância do histórico do ex-juiz da Lava Jato na região.
O julgamento no TRE ainda aguarda a manifestação do Ministério Público Eleitoral e a votação dos magistrados, que será liderada pelo relator do caso, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza. Caso não haja uma conclusão hoje, estão previstas mais duas sessões para os dias 3 e 8 de abril para o término do julgamento. A defesa de Moro espera que o mandato do senador seja mantido e que as acusações de abuso de poder econômico sejam refutadas durante o processo judicial em andamento.