Desafios do Autismo: Quebrando Barreiras do Capacitismo e Promovendo a Conscientização e Inclusão na Sociedade

No dia 2 de abril de 2024, o mundo comemora o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. Nesta data especial, a sociedade é desafiada a quebrar a barreira do capacitismo e a promover a inclusão de pessoas com deficiência em todos os espaços. O professor de História e gestor público Lucas Maia, de 34 anos, compartilhou sua jornada pessoal e como passou a se envolver na luta pela conscientização e inclusão.

Lucas descobriu ser autista aos 27 anos, no nível de suporte 1 do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A partir de então, ele se engajou em atividades de advocacy para promover a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade. Atualmente, ele atua como coordenador das Políticas Públicas para Pessoa com Deficiência em uma coordenadoria ligada à Secretaria Estadual dos Direitos Humanos.

O autismo, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, a linguagem e a interação social. O diagnóstico precoce e preciso é fundamental para garantir o acesso a terapias que melhorem o prognóstico das crianças autistas. No Brasil, há aproximadamente dois milhões de pessoas autistas, mas os diagnósticos têm aumentado nos últimos anos.

Na rede pública de Saúde do Ceará, são oferecidos atendimentos especializados para crianças e adolescentes autistas no Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto (HSM). Além disso, foi inaugurado em 2024 o ambulatório de autismo para adultos no HSM, pioneiro na rede pública do estado.

A cultura inclusiva e a eliminação das barreiras atitudinais são essenciais para promover a igualdade de oportunidades para as pessoas com deficiência. Lucas destaca a importância da educação na formação de cidadãos e na convivência entre crianças com e sem deficiência, visando uma sociedade mais plural e diversa.

A Coordenadoria em que Lucas atua busca viabilizar a transformação por meio de políticas públicas descentralizadas e transversais, garantindo a participação de pessoas com deficiência em todos os espaços. A equipe é composta prioritariamente por pessoas com deficiência, trazendo suas perspectivas para o debate. A luta pela inclusão e pela quebra do capacitismo continua, visando um mundo mais igualitário e acolhedor para todos.

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