Edmea e Sheila foram brutalmente executadas a tiros em plena luz do dia, no estacionamento da estação do metrô da Praça XI, no Centro do Rio de Janeiro. Esse crime chocou a população e gerou uma grande comoção na época.
Os réus, Eduardo José Rocha Creazola, Arlindo Maginário Filho, Adilson Saraiva Hora e Luis Claudio de Souza, foram absolvidos por falta de provas convincentes que os ligassem diretamente aos assassinatos. Vale ressaltar que na época do crime, três dos acusados eram policiais militares e um era motorista do então subprefeito da Barra da Tijuca.
Durante o julgamento, foram reproduzidos em vídeo depoimentos de testemunhas chave e do tenente-coronel da reserva da PM Valmir Alves Brum. Além disso, o delegado Antonio Silvino Teixeira foi ouvido, e os quatro réus foram interrogados.
A promotora Flávia Maria Moura Machado argumentou que não havia evidências sólidas para a condenação e pediu a absolvição dos acusados. Os advogados de defesa também solicitaram a mesma decisão, baseados na falta de provas contundentes.
Por outro lado, o caso das Mães de Acari continua sem respostas, com os corpos das vítimas nunca sendo encontrados. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos não poupou críticas ao Estado brasileiro por não cumprir as recomendações feitas em relação ao caso, levando-o para a Corte Interamericana de Direitos Humanos em 2022.
Em meio a tantas reviravoltas, a justiça parece ainda estar longe de ser feita para as famílias das vítimas, que continuam em busca de respostas e de justiça para os seus entes queridos desaparecidos.