De acordo com Luiz Osvaldo da Silva, orientador da Cevet da Sesa, os acidentes envolvendo águas-vivas geralmente ocorrem entre setembro e novembro. No entanto, as mudanças climáticas e a poluição podem ter contribuído para o aparecimento desses animais na costa cearense em um período atípico. Silva reforçou a importância de evitar entrar no mar quando há aglomeração de águas-vivas na água e de não tocar nos animais encalhados na areia, pois seus tentáculos ainda podem conter toxinas perigosas.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesa, Ana Cabral, ressaltou a importância da notificação dos casos de acidentes por cnidários, como águas-vivas e caravelas, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). As lesões causadas por esses animais não são queimaduras, mas sim reações às toxinas presentes em seus tentáculos, que podem provocar desde vermelhidão e dor até bolhas e feridas na pele.
O Corpo de Bombeiros Militar do Ceará recomenda que, em caso de acidente com águas-vivas ou caravelas, as pessoas busquem ajuda nos postos guarda-vidas presentes em alguns trechos da orla de Fortaleza. Essas equipes estão preparadas para atender as vítimas e realizar os procedimentos necessários, como lavar o local afetado com água salgada ou vinagre para neutralizar a ação das toxinas.
Portanto, é fundamental que a população esteja ciente das medidas preventivas e dos cuidados a serem tomados em caso de acidentes com águas-vivas ou caravelas. A orientação é procurar uma Unidade de Saúde, mesmo em casos aparentemente menos graves, para receber o atendimento adequado. Mantenha-se informado e protegido para desfrutar das belezas naturais da costa cearense com segurança.