05/04/2024 – 10:32
Joel Rodrigues / Agência Brasília
Retinopatia diabética é considerada a principal causa de cegueira em pessoas em idade laboral
A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados promoverá uma audiência pública na próxima quinta-feira (11) para discutir os desafios enfrentados pelos pacientes de edema macular diabético (EMD) no Sistema Único de Saúde (SUS). O debate está agendado para as 9 horas, no plenário 7.
O deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO), responsável pela solicitação da audiência, destaca que a retinopatia diabética é uma complicação do diabetes mellitus, sendo a principal causa de cegueira em pessoas em idade produtiva. Segundo o deputado, quando lesões de retinopatia ocorrem na mácula, resultam no edema macular diabético.
Dados
O Brasil é o sexto país com a maior prevalência de diabetes, sendo a principal causa de perda visual na população diabética o edema macular diabético, conforme apontam os dados.
Em 2021, estimava-se que 15,7% da população adulta brasileira (20-79 anos) possuía diabetes, com uma projeção de 23,2% para 2045. Cerca de 30% desses pacientes podem apresentar algum grau de retinopatia no diagnóstico tardio do diabetes tipo 2.
Um estudo publicado em 2019 pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia indicou que a retinopatia diabética é responsável por 4,8% dos 37 milhões de casos de cegueira devido a doenças oculares, impactando potencialmente 1,8 milhão de pessoas.
Assistência
A assistência aos pacientes com edema macular diabético pelo SUS é feita em Centros de Referência em Oftalmologia, porém, o acesso a esses serviços especializados é demorado, segundo o deputado.
“A assistência aos pacientes com edema macular diabético pelo SUS enfrenta importantes desafios, como a disponibilidade limitada de alternativas terapêuticas e tratamentos que reduzam o ônus para o paciente e para o sistema de saúde, além de questões relacionadas ao financiamento desses medicamentos”, ressalta.
“Essa situação tem um impacto significativo na sociedade, tornando essencial a discussão da atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) em Retinopatia Diabética, a fim de incorporar novas tecnologias em saúde e rever o modelo de financiamento”, acrescenta Calil.
Da Redação – MB