Depósitos superam saques na poupança, com saldo positivo de R$ 1,3 bilhão em março, aponta Banco Central

Em março deste ano, a caderneta de poupança registrou um saldo positivo pela primeira vez em 2024, com um aumento de mais depósitos do que saques. De acordo com informações divulgadas pelo Banco Central na última sexta-feira (5) em Brasília, o saldo da poupança teve um acréscimo de R$ 1,3 bilhão.

No total, foram realizados R$ 324,7 bilhões de depósitos e R$ 323,4 bilhões de saques no mês passado. Os rendimentos creditados nas contas poupança somaram R$ 4,9 bilhões, resultando em um saldo total de R$ 975,8 bilhões.

Esses números contrastam com os resultados dos meses anteriores. Em fevereiro e janeiro de 2024, por exemplo, houve uma saída líquida de recursos da caderneta de poupança, com valores de R$ 3,8 bilhões e R$ 20,1 bilhões, respectivamente. No entanto, em março de 2023, os brasileiros sacaram R$ 6,1 bilhões a mais do que depositaram.

A saída de recursos da poupança nos últimos anos se deve, em parte, à alta taxa de juros básicos da economia, a Selic. O Copom do BC elevou a Selic por 12 vezes consecutivas de março de 2021 a agosto de 2022, o que incentivou a busca por investimentos com melhor desempenho. Porém, recentemente, o BC reduziu a taxa para 10,75% ao ano, após seis cortes consecutivos.

No cenário econômico de 2023, a caderneta de poupança teve uma saída líquida de R$ 87,8 bilhões, enquanto em 2022 esse valor chegou a R$ 103,24 bilhões. Em contrapartida, em 2020 a poupança registrou uma captação líquida recorde de R$ 166,31 bilhões, influenciada pela instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia e pelo pagamento do auxílio emergencial.

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