No total, foram realizados R$ 324,7 bilhões de depósitos e R$ 323,4 bilhões de saques no mês passado. Os rendimentos creditados nas contas poupança somaram R$ 4,9 bilhões, resultando em um saldo total de R$ 975,8 bilhões.
Esses números contrastam com os resultados dos meses anteriores. Em fevereiro e janeiro de 2024, por exemplo, houve uma saída líquida de recursos da caderneta de poupança, com valores de R$ 3,8 bilhões e R$ 20,1 bilhões, respectivamente. No entanto, em março de 2023, os brasileiros sacaram R$ 6,1 bilhões a mais do que depositaram.
A saída de recursos da poupança nos últimos anos se deve, em parte, à alta taxa de juros básicos da economia, a Selic. O Copom do BC elevou a Selic por 12 vezes consecutivas de março de 2021 a agosto de 2022, o que incentivou a busca por investimentos com melhor desempenho. Porém, recentemente, o BC reduziu a taxa para 10,75% ao ano, após seis cortes consecutivos.
No cenário econômico de 2023, a caderneta de poupança teve uma saída líquida de R$ 87,8 bilhões, enquanto em 2022 esse valor chegou a R$ 103,24 bilhões. Em contrapartida, em 2020 a poupança registrou uma captação líquida recorde de R$ 166,31 bilhões, influenciada pela instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia e pelo pagamento do auxílio emergencial.