Produtores brasileiros de azeite de oliva podem se beneficiar da alta internacional do preço do alimento e conquistar mercado interno

Os produtores brasileiros de azeite de oliva estão agora em posição favorável para lucrar com a alta internacional do preço do alimento, abrindo oportunidades para ampliar suas vendas no mercado interno, que é o segundo maior importador de azeite no mundo. Mesmo com menos de 1% da produção nacional de azeite consumido no país sendo proveniente de fontes locais, a qualidade do produto brasileiro pode garantir um aumento no consumo, mesmo com os preços elevados.

Entre 2018 e 2022, a produção de azeite no Rio Grande do Sul aumentou significativamente, passando de 58 mil litros para 448,5 mil litros. Regiões como a Serra da Mantiqueira, nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, também têm se destacado na produção de azeite de alta qualidade, reconhecido como um produto premium.

O Brasil importa em média 74 mil toneladas de azeite por ano, e esse número tem aumentado ao longo dos anos. Esse aumento na importação é atribuído em parte à diminuição da produção de azeite em países como Portugal e Espanha, que enfrentam desafios climáticos que afetam a produção de azeite.

Paralelamente ao aumento dos preços do azeite importado, a produção nacional vem ganhando reconhecimento. No mês passado, um azeite gaúcho foi premiado como o melhor do Hemisfério Sul, demonstrando a qualidade do produto brasileiro.

Além da qualidade, a produção nacional também se beneficia da rapidez no abastecimento do mercado interno. Produtores como Luiz Eduardo Batalha destacam a agilidade em levar o azeite das oliveiras às prateleiras dos supermercados brasileiros em questão de dias, o que pode ser um diferencial em relação aos produtos importados.

Com a evolução das técnicas de cultivo e a adaptação das oliveiras ao clima e solo brasileiros, o país tem potencial para expandir ainda mais sua produção de azeite de alta qualidade. O consumo de azeite de oliva traz benefícios à saúde, e especialistas recomendam incluir o produto na dieta, observando a procedência e qualidade do azeite adquirido.

O Ministério da Agricultura e Pecuária realiza fiscalizações para garantir a qualidade do azeite no mercado interno, orientando os consumidores a prestarem atenção em aspectos como a data de envase, validade e possíveis misturas de óleos na composição. A valorização do azeite nacional e a busca por qualidade contribuem para fortalecer a indústria brasileira de azeite de oliva.

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