Meiry Sakamoto, gerente de Meteorologia da Funceme, aponta dois fatores relevantes para esse prognóstico. Primeiramente, ela destaca que o El Niño está perdendo força no Oceano Pacífico, o que indica a possibilidade de condições próximas da normalidade nos próximos meses. Além disso, Sakamoto ressalta que o Oceano Atlântico continua aquecido, favorecendo a proximidade da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e proporcionando chuvas vantajosas para o Ceará.
A temperatura elevada da superfície do oceano Atlântico pode influenciar na formação de áreas de baixa pressão atmosférica, intensificando a evaporação e aumentando a umidade do ar. Essas condições são essenciais para a formação de nuvens convectivas, responsáveis por chuvas mais intensas.
No mês de fevereiro, o Ceará registrou precipitações acima da média, com um desvio positivo de aproximadamente 90%. Já em março, os acumulados ficaram dentro da média, com destaque para o centro-norte do estado.
Para os meses de abril, maio e junho, a expectativa é de volumes acumulados médios de 190 mm, 90 mm e 37 mm, respectivamente. Sakamoto ressalta ainda a variabilidade no tempo, que pode resultar em chuvas irregulares tanto em termos de distribuição temporal quanto espacial.
Diante dessas previsões, a população cearense deve estar atenta às condições climáticas e se preparar para um período de possíveis variações na intensidade das chuvas. A Funceme continuará monitorando o cenário e atualizando as informações conforme necessário.