Ministério Público Federal aciona Braskem e Estado de Alagoas por afundamento de hospital psiquiátrico em Maceió

Após o impacto causado pelo afundamento do solo no único hospital psiquiátrico público de Alagoas, devido à exploração do sal-gema em Maceió, a Braskem e o Estado enfrentam uma ação civil-pública movida pelo Ministério Público Federal (MPF). O objetivo da ação é assegurar a continuidade dos atendimentos psicossociais, garantindo a segurança dos funcionários e pacientes.

Segundo o MPF, é necessário que a Braskem adote as medidas cabíveis para a construção de um novo Complexo de Saúde Mental, a fim de assumir os serviços prestados pelo Hospital Escola Portugal Ramalho, que foi atingido pelo afundamento do terreno. Vale ressaltar que esta unidade de saúde está vinculada à Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas.

De acordo com procuradores, defensores e promotores envolvidos na ação, houve uma tentativa de realocação do hospital, porém, esta não foi concretizada. Além disso, é destacado que o Estado de Alagoas não adotou as providências necessárias, o que acabou dificultando a execução da obra, sem apresentar fundamentos técnicos.

A demora na construção da nova unidade é apontada como um agravante da situação precária da rede de atenção psicossocial no estado, podendo gerar um colapso no hospital. Por isso, a intervenção urgente é solicitada na ação movida pelo MPF.

Questionada pela reportagem, a Braskem informou que está em negociação para viabilizar a realocação definitiva do Hospital Portugal Ramalho. A empresa destaca o apoio para a construção de uma nova unidade e a recuperação das estruturas do imóvel danificado, mesmo sem um acordo firmado.

Até o momento, a Procuradoria-Geral de Alagoas e a Universidade de Ciências da Saúde não se pronunciaram sobre o assunto. A situação evidencia a necessidade de uma solução urgente para garantir o atendimento adequado aos pacientes e a segurança dos profissionais envolvidos.

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