Ao justificar seu voto pela cassação, Jacob Junior mencionou os gastos realizados pela pré-campanha de Moro, incluindo voos de jatinho, equipe de segurança, impulsionamento em redes sociais e produção de vídeos promocionais. Para o desembargador, esses gastos desequilibraram a igualdade entre os pré-candidatos.
Segundo Jacob Junior, Moro utilizou recursos públicos de forma desmedida para resgatar o prestígio perdido ao se candidatar ao cargo de senador por outra unidade da federação. O desembargador destacou que, comprovado nos autos, houve utilização indistinta e excessiva de recursos públicos por parte de Moro.
O julgamento ainda aguarda os votos de mais dois desembargadores para ser concluído. Nas sessões anteriores, outros magistrados do TRE votaram contra a cassação de Moro, enquanto apenas um, José Rodrigo Sade, votou a favor.
A acusação contra Moro envolve a realização de atos de pré-campanha à Presidência da República enquanto ainda estava filiado ao Podemos. De acordo com o Ministério Público, houve “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador devido aos altos investimentos financeiros realizados antes de Moro se candidatar pelo partido União.
A defesa de Moro negou qualquer irregularidade e defendeu a manutenção de seu mandato, afirmando que não houve quebra de igualdade e que os gastos realizados foram legais. O advogado de Moro, Gustavo Guedes, argumentou que as acusações das legendas concorrentes eram infundadas.
A decisão final do julgamento do TRE do Paraná terá um impacto significativo na carreira política de Sergio Moro, podendo resultar na sua cassação do cargo de senador.