Durante o encontro, o ministro ressaltou que o Ministério da Educação não tinha capacidade de aumentar a proposta salarial para os servidores por conta própria, devido às limitações orçamentárias. Ele explicou que será feita uma complementação orçamentária, utilizando o espaço disponível no arcabouço fiscal. No entanto, o valor exato que será disponibilizado ainda não foi divulgado.
Santana também informou que a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, será responsável por anunciar os detalhes da nova proposta em negociação com os servidores. Ele expressou sua preocupação com os impactos negativos da greve, principalmente para os alunos e para o país, enfatizando que o diálogo deve ser a prioridade em situações como essa.
A greve, que teve início no dia 3 de abril, já conta com a adesão de pelo menos 360 unidades de ensino, segundo o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica. Entre as principais demandas dos servidores estão a recomposição salarial de 22,71% a 34,32%, a reestruturação das carreiras técnico-administrativas e dos docentes.
Por outro lado, os professores das universidades federais iniciaram uma greve nacional na segunda-feira (15), rejeitando a proposta do Ministério da Gestão. Eles pedem um reajuste de 22,71% em três parcelas anuais de 7,06%. O governo federal propôs um reajuste zero, com aumento apenas no auxílio-alimentação, assistência pré-escolar e na saúde suplementar, de acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes).
A expectativa é que as negociações avancem nos próximos dias e que o impasse seja resolvido para o bem de todos os envolvidos no setor educacional.