Entre os estaleiros ativos, mas sem projetos em andamento, destacam-se os dois maiores do país: Enseada, localizado na Bahia, e o Atlântico Sul, em Pernambuco. Juntos, esses dois estaleiros possuem capacidade para processar mais de 200 mil toneladas de aço por ano, representando 40% da capacidade instalada na indústria naval brasileira.
Além disso, o levantamento apontou que o estaleiro de grande porte QGI, no Rio Grande do Norte, também está sem demanda atualmente. Outro estaleiro, o Brasa, no Rio de Janeiro, encontra-se desativado, de acordo com o IBP.
A Petrobras, principal operadora petrolífera do país, participou ativamente da produção do levantamento. O presidente da estatal, Jean Paul Prates, ressaltou a importância da empresa como pilar principal da demanda naval no Brasil.
Prates destacou a necessidade de resgatar a indústria naval, enfatizando a importância de uma indústria renovada que continuará sendo essencial para o transporte e logística, principalmente no setor de energias renováveis como as usinas eólicas offshore.
O presidente da Petrobras mencionou que a empresa já possui projetos em andamento com estaleiros brasileiros, como a produção de módulos das plataformas P78, P80, P83, P79 e P82. Além disso, Prates anunciou a contratação de 34 embarcações de apoio ainda este ano, sendo 24 delas já confirmadas.
Durante o evento de lançamento do levantamento, Prates defendeu a criação de um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Mar pelo governo, visando estimular a indústria naval e facilitar o acesso a financiamentos para os estaleiros brasileiros.
Diante do cenário apresentado pelo IBP, fica evidente a necessidade de incentivar e fortalecer a indústria naval no Brasil, garantindo sua sustentabilidade e contribuindo para o desenvolvimento econômico do país.