Investigação sobre compra de ventiladores no Consórcio Nordeste é cobrada pelo senador Eduardo Girão em pronunciamento no Plenário.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) fez um contundente pronunciamento em Plenário nesta quinta-feira (18), cobrando o avanço das investigações realizadas pela Polícia Federal sobre possíveis irregularidades na compra de 300 ventiladores pulmonares pelo Consórcio Nordeste, no valor de R$ 48,7 milhões.

De acordo com o parlamentar, o inquérito, que é sigiloso, foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) no ano de 2023 devido ao foro privilegiado do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que estaria entre os investigados. Na ocasião da aquisição dos respiradores, Costa era governador da Bahia e, segundo Girão, coordenador do Consórcio Nordeste, que engloba os governos dos estados da região.

— Esperamos que as investigações não fiquem estagnadas, como tantas outras que envolvem políticos em casos de corrupção (…). Se o governo federal tivesse um compromisso real com a transparência e a probidade na gestão, deveria afastar imediatamente o seu ministro da Casa Civil para responder livremente às acusações de estelionato e lavagem de dinheiro — declarou Girão.

CPI

Além disso, Girão criticou a postura da CPI da Pandemia, instalada no Senado em 2021, por não estender suas investigações ao Consórcio Nordeste, criado em 2019 para articular ações entre os estados da região.

— Em 2021, não conseguimos aprovar na CPI a convocação de Rui Costa, então governador da Bahia e coordenador do Consórcio Nordeste. Tentamos, ao menos, a convocação de Carlos Gabas, gerente do Consórcio Nordeste, e também foi negada, de forma vergonhosa, pela maioria da CPI — enfatizou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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