Referendo no Equador busca medidas de segurança em meio a cortes de energia e desafios para o presidente Daniel Noboa.

O presidente do Equador, Daniel Noboa, está prestes a enfrentar um referendo decisivo neste domingo (21) que visa obter o apoio dos eleitores para implementar novas medidas de segurança no país. A proposta de aumentar a segurança no Equador é uma resposta à crescente violência impulsionada principalmente por gangues de contrabando de cocaína que têm se espalhado pela América Latina nos últimos anos.

Autoridades de segurança e diplomatas alertam que nações outrora pacíficas, como o Equador, foram transformadas em territórios dominados por cartéis perigosos. A violência atingiu proporções alarmantes em janeiro, quando homens armados invadiram uma transmissão de televisão ao vivo e mantiveram funcionários de prisões como reféns.

O referendo propõe medidas como permitir que os militares atuem ao lado da polícia, a extradição de criminosos acusados e o aumento das penas para crimes graves como terrorismo e assassinato. Cinco das propostas, se aprovadas, modificarão a Constituição equatoriana.

Pesquisas recentes indicam que os eleitores estão mais inclinados a apoiar Noboa e suas propostas de segurança. No entanto, o presidente enfrenta desafios, como os cortes diários de energia de oito horas que foram implementados recentemente devido à escassez de energia no país. Esses cortes, segundo a empresa de pesquisas Click Research, afetam a imagem do presidente e podem influenciar a decisão dos eleitores.

Além das questões de segurança, o referendo também aborda mudanças econômicas, como a proposta de permitir a contratação de trabalhadores por hora. Essa medida tem sido criticada pela oposição, que afirma que beneficiaria os ricos e empresas internacionais.

Investidores estão apoiando a abordagem de Noboa em relação à segurança, pois a violência afetou a estabilidade do mercado. A expectativa é que Noboa, que assumiu o cargo em novembro, busque a reeleição em 2025.

O referendo deste domingo será um reflexo não apenas da confiança dos eleitores em Noboa, mas também da capacidade do presidente de lidar com desafios complexos, como a violência e a escassez de energia, que afetam diretamente a vida dos equatorianos.

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