O Senado Federal se prepara para receber, nesta quinta-feira (25), a partir das 10 horas da manhã, uma sabatina na Comissão de Relações Exteriores (CRE) que analisará a indicação de três diplomatas para futuros cargos de embaixadores em países estratégicos.
O primeiro nome em pauta é o de Carlos José Areias Moreno Garcete, indicado para assumir a embaixada na Nigéria. Com uma extensa carreira diplomática, Garcete entrou no serviço em 1995 e alcançou o cargo de ministro de segunda classe em 2018. As relações entre Brasil e Nigéria, estabelecidas em 1961, são fundamentais devido à importância do país africano na segurança do Golfo da Guiné. O senador Cid Gomes (PSB-CE) é o relator dessa indicação.
Além disso, a cooperação entre as marinhas do Brasil e da Nigéria na Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS) tem se mostrado crucial. Em 2023, o comércio bilateral superou U$1,7 bilhão, com vantagem para o Brasil, que exporta principalmente açúcares, melaços, álcool e produtos da indústria de transformação.
Gana, Serra Leoa e Libéria
Para representar o Brasil em Gana, Serra Leoa e Libéria, a diplomata Mariana Gonçalves Madeira foi indicada. Com formação em Relações Internacionais e Comunicação Social, incluindo mestrado em História pela Universidade de Brasília (UnB), Madeira terá a sua indicação analisada pela senadora Mara Gabrilli (PSD-SP).
As relações do Brasil com Gana datam de 1960 e possuem colaborações nas áreas de defesa, saúde, cultura, tecnologia e alimentação. Já Serra Leoa e Libéria passaram por momentos mais instáveis politicamente, com crises e conflitos que marcaram suas histórias.
Dinamarca e Lituânia
Leonardo Luís Gorgulho Nogueira Fernandes foi o escolhido para assumir a embaixada na Dinamarca e também representar o Brasil na Lituânia. Com formação em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Fernandes terá sua indicação avaliada pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE).
O comércio entre Brasil e Dinamarca, que mantêm relações diplomáticas desde 1828, se destaca pelos investimentos em saúde e produtos farmacêuticos. Já com a Lituânia, integrante da União Europeia e da OTAN, houve um aumento considerável no comércio bilateral nos últimos anos.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
