O Brasil avança em novas reservas de petróleo para garantir suprimento energético
Nesta quinta-feira (25), a Comissão de Meio Ambiente (CMA) debateu o avanço do Brasil em novas reservas de petróleo para garantir o suprimento energético do país. A audiência pública, motivada pelo senador Beto Faro (PT-PA), buscou aprofundar o debate sobre a exploração de petróleo e gás na margem equatorial brasileira.
Especialistas apontam a região como um possível “novo pré-sal”, abrangendo uma área com mais de 2,2 mil quilômetros de litoral, que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá, incluindo as bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas. Beto Faro ressaltou a relevância do tema para o país e a necessidade de diálogo para garantir um procedimento que concilie o licenciamento com as questões ambientais.
Soberania energética em destaque
O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, destacou a importância do Brasil avançar em novas reservas de petróleo para garantir a segurança energética até 2030. Ele defendeu uma transição energética justa e um desenvolvimento industrial coordenado pelo Estado.
O diretor-executivo de Exploração e Produção do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Júlio Moreira, considerou a exploração na margem equatorial uma questão de estado e defendeu a criação de instrumentos para acelerar a liberação de licenciamentos ambientais no país, evitando a dependência de importações de petróleo.
Planejamento e desafios
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, apontou falhas no planejamento do Brasil e a necessidade de cuidados ambientais na exploração de petróleo e gás. Ele ressaltou a importância dos licenciamentos para a redução de riscos e a proteção ambiental.
Novas reservas:
O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Joelson Falcão Mendes, destacou a importância da pesquisa para a garantia da segurança energética nacional e a proteção do meio ambiente. Ele enfatizou a necessidade de incorporar novas reservas para promover o desenvolvimento social e econômico de regiões como o norte e nordeste do país.
O secretário de Planejamento do Amapá, Lucas Abrahão Rosa Cezário de Almeida, defendeu a participação da população nas discussões sobre a exploração na margem equatorial e ressaltou a importância de promover a pesquisa, tecnologia e qualificação da mão de obra local para garantir benefícios socioeconômicos.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
