De acordo com a decisão da Justiça, todos os réus responderão por crimes graves como organização criminosa, extorsão, lavagem de dinheiro e apropriações indébitas relacionadas às atividades empresariais da TW. Essa ação está sendo conduzida na 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital.
Esse não é o único desdobramento da Operação Fim da Linha. No dia 16 de abril, o Judiciário já havia acatado denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra 19 investigados que atuavam na Upbus, outra empresa de ônibus envolvida na mesma operação. A ação faz parte de uma investigação mais ampla que culminou na deflagração da operação, que tinha como objetivo cumprir 52 mandados de busca e apreensão em endereços ligados à Upbus e TW.
A acusação que paira sobre essas empresas de ônibus é grave: elas estariam sendo utilizadas pelo PCC como fachada para lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas. A operação realizada no início de abril resultou em seis prisões e mobilizou quase 500 agentes públicos do Gaeco, Polícia Militar, Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Receita Federal. O objetivo era desarticular a organização criminosa e coletar provas para embasar as acusações contra os envolvidos.