Essa revolução marcou a transição para a democracia em Portugal, sendo um marco que possibilitou avanços sociais e políticos significativos desde então. A adesão massiva da população ao movimento foi simbolizada pela distribuição de cravos vermelhos aos soldados, que os colocaram nos canos dos fuzis, dando origem ao nome do evento.
A presença de Lula nesse jantar foi muito celebrada pelo primeiro-ministro português, Luís Montenegro, que expressou sua gratidão ao presidente brasileiro por honrar a efeméride dos 50 anos do 25 de abril, mesmo estando do outro lado do oceano. O gesto do ex-presidente foi destacado como relevante para a comunidade lusófona, demonstrando respeito e reconhecimento pela história compartilhada entre Brasil e Portugal.
Durante o evento, Lula chegou à residência do embaixador por volta das 20h, em um ambiente de comemoração e reflexão sobre a importância da Revolução dos Cravos. Além disso, o jantar ocorreu em meio a um contexto de reconhecimento e reflexão, já que o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, recentemente reconheceu a culpa do país em crimes cometidos durante a escravidão transatlântica e a era colonial.
Sousa chegou a mencionar a necessidade de estabelecer reparação histórica desses crimes, destacando a importância de reconhecer e confrontar um passado doloroso na relação entre Portugal e suas antigas colônias. O evento na Embaixada de Portugal marcou não apenas uma celebração, mas também um momento de reflexão sobre a história compartilhada entre as nações e os desafios presentes para garantir um futuro mais justo e igualitário para todos os povos.