De acordo com dados divulgados no Boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o VSR está presente em 57,8% dos casos recentes de SRAG com identificação de vírus respiratórios. Além disso, outros vírus respiratórios como o rinovírus e o Sars-Cov-2 também têm impacto significativo nas crianças pequenas.
É importante ressaltar que, entre os óbitos, a influenza A vem ganhando destaque, aproximando-se do percentual observado para a covid-19 nas últimas quatro semanas. No entanto, a covid-19 continua sendo a principal causa de mortalidade em idosos, que também são a faixa etária mais afetada por mortes por SRAG.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência de vírus respiratórios foi de 23% para influenza A, 0,4% para influenza B, 57,8% para VSR e 10,7% para Sars-Cov-2/Covid-19 entre os casos com resultado positivo. Já entre os óbitos, os percentuais foram de 32% para influenza A, 0,3% para influenza B, 10,8% para VSR e 53,9% para Sars-Cov-2/Covid-19.
Marcelo Gomes, pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, ressalta a importância da vacinação contra a influenza A e do uso de máscaras adequadas para prevenir infecções respiratórias. Ele alerta para o aumento no número de internações por infecções respiratórias em todo o país, principalmente devido ao VSR e à influenza A.
Em resumo, a circulação do VSR tem impactado significativamente a saúde das crianças menores de dois anos, tornando necessário o reforço nas medidas de prevenção e na conscientização sobre a importância da vacinação e dos cuidados respiratórios adequados.
