A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas retomará suas atividades nesta segunda-feira (29), às 15h. O foco da reunião será a oitiva de representantes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com destaque para Hélio Santos Menezes Júnior, diretor de Governança e Conformidade da entidade. O convite ao diretor foi feito pelo vice-presidente da CPI, senador Eduardo Girão (Novo-CE), por meio do requerimento REQ 39/2024.
Para Girão, a manipulação de resultados no futebol é uma prática antiga que precisa ser combatida com vigor pela CBF, entidade responsável pela gestão das competições esportivas da modalidade. O depoimento de Hélio Menezes Júnior é visto como fundamental para esclarecer diversos aspectos relacionados ao objeto de investigação da CPI, de acordo com o senador.
Além de Menezes Júnior, a CPI também ouvirá Júlio Avellar, diretor de Competições da CBF, conforme solicitado por Girão por meio do requerimento REQ 48/2024. O senador destacou que, em 2022, houve 139 partidas de futebol sob suspeita de manipulação, abrangendo todas as séries do campeonato brasileiro. Avellar tem como responsabilidade o planejamento e a organização das competições administradas pela CBF, o que o torna uma peça-chave no trabalho da comissão.
Outro depoimento aguardado é o do oficial de Integridade da CBF, Eduardo Gussem, solicitado pelo relator Romário (PL-RJ) por meio do REQ 41/2024. Romário ressaltou que a CBF mantém contrato com a empresa de monitoramento SportRadar AG, recebendo relatórios sobre partidas suspeitas. Gussem será questionado sobre o tratamento dado a esses relatórios e sobre os procedimentos adotados pela entidade em casos de possível manipulação de resultados.
A CPI
A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas foi instaurada por iniciativa do senador Romário (RQS 158/2024) e é presidida pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO). A comissão, composta por 11 senadores titulares e 7 suplentes, tem previsão de duração de 180 dias.
O objetivo da CPI é investigar denúncias e suspeitas de manipulação de resultados no futebol brasileiro, abrangendo jogadores, dirigentes e empresas de apostas. A expectativa é que os depoimentos dos representantes da CBF contribuam para a transparência e integridade das competições esportivas no país.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
