Ao abordar as doenças mais comuns relacionadas ao trabalho, Cirlene destaca os problemas musculares, como tendinites e bursites, e os transtornos mentais, como depressão e ansiedade. Estes últimos são frequentemente subnotificados pelas empresas ao INSS, prejudicando os trabalhadores e a eficácia das políticas públicas de saúde no ambiente de trabalho.
É importante ressaltar que a resistência em admitir problemas de saúde mental muitas vezes se deve ao preconceito social e ao constrangimento, tanto por parte dos empregados quanto das empresas. Portanto, é fundamental que as organizações estejam atentas às necessidades de seus funcionários e atuem de forma preventiva, não apenas fornecendo equipamentos de proteção individual, mas também adotando medidas que eliminem ou minimizem os riscos de acidentes.
De acordo com dados do INSS, entre 2012 e 2022 foram registrados mais de 6 milhões de acidentes de trabalho, resultando em mais de 2 milhões de afastamentos e 25 mil óbitos. Os gastos relacionados a auxílios-doença, aposentadorias por invalidez e outros benefícios chegaram a cifras alarmantes, evidenciando a necessidade de um maior investimento em prevenção e proteção dos trabalhadores.
Em suma, o Abril Verde não se resume a apenas um mês de conscientização, mas sim a um chamado constante para que a sociedade e as empresas se comprometam com a segurança e saúde dos trabalhadores, visando a prevenção de acidentes e doenças laborais. Afinal, a vida e a integridade física e mental dos trabalhadores não têm preço, e devem sempre ser priorizadas em qualquer ambiente de trabalho.
