A Wolbachia, uma bactéria presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, foi introduzida no Aedes aegypti em laboratório, resultando nos chamados Wolbitos. Esses mosquitos infectados com a bactéria são incapazes de transmitir os vírus da dengue, zika, chikungunya ou febre amarela, garantindo maior proteção para a população.
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirmou que o objetivo é expandir a tecnologia para todos os municípios de Minas Gerais e posteriormente para o Brasil e demais países das Américas. Além disso, está prevista a instalação de novas biofábricas no Ceará, Paraná e outros estados, como parte do plano de expansão do Ministério da Saúde.
A experiência bem-sucedida em Niterói, que adotou o método Wolbachia como projeto piloto em 2015, serve de exemplo para o restante do país. Com a cobertura total do território, a cidade alcançou reduções significativas nos casos de dengue, chikungunya e zika. A eficácia do método também tem sido comprovada em outras cidades, como Campo Grande, Petrolina, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
Entretanto, é importante ressaltar que os resultados do método Wolbachia não são imediatos e requerem a implementação de outras medidas complementares para combater as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. A cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, mesmo recebendo a tecnologia, enfrentou um aumento de internações por suspeita de dengue, o que levou à declaração de situação de emergência em algumas regiões.
A expansão do método Wolbachia para mais cidades brasileiras, como Natal, Uberlândia, Presidente Prudente, Londrina, Foz do Iguaçu e Joinville, representa um avanço importante na luta contra as arboviroses. Com a cooperação entre o governo federal, estadual e municipal, é possível aumentar a proteção da população e reduzir a incidência dessas doenças no país.
