Aumento de pessoas mortas por policiais militares em São Paulo preocupa autoridades e sociedade em geral

No primeiro trimestre deste ano, o estado de São Paulo registrou um aumento significativo no número de mortes causadas por policiais militares em serviço. De acordo com dados divulgados pela Secretaria Estadual de Segurança Pública, foram 179 casos de Mortes Decorrentes de Intervenção Policial (MDIP) nos primeiros três meses de 2024, um aumento de 138% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registradas 75 mortes.

Questionada sobre os motivos desse aumento, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) destacou em nota que mantém investimentos constantes na capacitação dos policiais, na aquisição de equipamentos de menor potencial ofensivo e na implementação de políticas públicas voltadas para a redução da letalidade policial. A SSP ressaltou que as forças de segurança do estado atuam dentro dos limites constitucionais e seguem protocolos operacionais rigorosos, sendo as MDIP resultado da reação de criminosos contra a ação policial.

A secretaria também assegurou que todas as ocorrências são investigadas minuciosamente pela polícia Civil e Militar, com supervisão do Ministério Público e do Poder Judiciário, além das Corregedorias estarem disponíveis para apurar qualquer denúncia contra agentes de segurança. A SSP enfatizou a importância de ressaltar que a decisão pelo confronto parte sempre do suspeito, colocando em risco tanto a vida dos policiais quanto a da população em geral.

Além disso, operações policiais como Escudo e Verão foram realizadas na Baixada Santista, especialmente no município de Guarujá, como parte de um esforço do governo estadual no combate ao crime organizado. No entanto, estudos revelaram que tais operações não resultaram em avanços significativos na redução da criminalidade violenta na região, colocando em risco a vida de policiais e violando os direitos das comunidades periféricas.

Diante desse cenário, o debate sobre a segurança pública e a atuação das forças policiais no estado de São Paulo ganha cada vez mais relevância, com a necessidade de se buscar estratégias eficazes para a redução da violência e o respeito aos direitos humanos, tanto dos cidadãos quanto dos agentes de segurança envolvidos nas operações.

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