A Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi) também registrou aumento de 0,67%, alcançando R$ 6,362 trilhões em março. O Tesouro resgatou mais títulos do que emitiu no mês passado, porém, a dívida total aumentou devido aos juros incorporados, totalizando R$ 55,25 bilhões.
A apropriação de juros mensalmente é um fator que contribui para o aumento do endividamento do governo, especialmente com a Taxa Selic em 10,75% ao ano. Além disso, em março, foi emitido o maior volume de títulos da DPMFi desde janeiro, totalizando R$ 168,72 bilhões.
O colchão da dívida pública, reservado para momentos de instabilidade, aumentou pelo segundo mês consecutivo, alcançando R$ 887 bilhões em março. Este montante cobre aproximadamente 6,95 meses de vencimentos da dívida pública, que estão previstos em R$ 1,211 trilhão nos próximos 12 meses.
A composição da DPF também teve mudanças, com a proporção de papéis corrigidos pela Taxa Selic caindo de 42,64% para 41,77% e a emissão de títulos prefixados representando 23,86% do total. A participação de não residentes na dívida subiu para 10,2%, atingindo um recorde desde outubro do ano passado.
O prazo médio da DPF aumentou para 4,11 anos, refletindo a confiança dos investidores na capacidade do governo de cumprir seus compromissos. As instituições financeiras continuam sendo as maiores detentoras da dívida interna, seguidas por fundos de pensão e fundos de investimento.
Desta forma, a DPF continua crescendo, mas ainda abaixo das projeções estabelecidas, demonstrando a necessidade de medidas para controlar o endividamento e garantir a estabilidade econômica do país.