De acordo com a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos do MDHC, a morte de Mbaye levanta suspeitas e questionamentos sobre a ação policial, uma vez que a operação teria sido realizada sem mandado judicial de busca e apreensão. Relatos indicam que os agentes de segurança utilizaram balas de borracha e gás lacrimogêneo, o que gerou dúvidas sobre o uso da força empregada.
O ministro Almeida manifestou preocupação e determinou que a ouvidora nacional de Direitos Humanos, Luzia Cantal, acompanhe e monitore o caso, tomando as medidas necessárias para apurar os procedimentos adotados pelos oficiais envolvidos na ação. Ele ressaltou que a entrada no edifício sem autorização judicial constitui desrespeito à Constituição Federal e violência contra os residentes.
Serigne Mbaye, conhecido como Talla, faleceu ao cair do sexto andar de um prédio durante a intervenção policial. Testemunhas senegalesas afirmam que os policiais adentraram o edifício sem autorização e chegaram ao apartamento de Mbaye, que teria tentado fugir pela janela ao perceber a presença dos agentes.
O caso gerou revolta e indignação na comunidade senegalesa, que organizou um protesto no dia 25 pedindo justiça e punição aos responsáveis pela morte de Mbaye. Os participantes denunciaram a perseguição e violência policial contra os imigrantes da região central de São Paulo, questionando a versão oficial de que o senegalês estaria envolvido em crimes.
A SSP informou que os policiais estavam no local em patrulhamento e identificaram o comércio ilegal de celulares roubados em um dos prédios da região. Durante a ação, um homem foi detido com diversos aparelhos eletrônicos, enquanto outro tentou fugir e acabou falecendo após cair da marquise do edifício.
O caso foi registrado como receptação, desobediência e morte acidental no 2° DP (Bom Retiro). A SSP não confirmou se os equipamentos apreendidos eram resultados de roubo ou furto, mas afirmou que a investigação está em andamento para esclarecer os fatos. Acompanharemos de perto o desdobramento dessa triste história para garantir que a justiça seja feita e os direitos humanos sejam respeitados.