Pesquisadores do Ipam lançam plataforma de previsão de desmatamento na Amazônia Legal em parceria com o Banco Mundial

Pesquisadores do renomado Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) surpreenderam a todos hoje, ao lançarem uma plataforma inovadora que promete revolucionar a previsão do risco de desmatamento na Amazônia Legal. Fruto de uma parceria com o Banco Mundial, o projeto promete servir de guia para políticas de proteção às florestas, trazendo um novo horizonte de possibilidades para a preservação do bioma.

A equipe de especialistas do Ipam desenvolveu uma ferramenta capaz de visualizar diferentes cenários, baseados em fatores econômicos e decisões políticas, que podem impactar diretamente no desmatamento da região. Utilizando dados de 1999 a 2022 como base de análise, os pesquisadores conseguiram prever o que pode ser esperado para os anos de 2023, 2024 e 2025.

De acordo com uma nota técnica divulgada pela equipe, se o ritmo de desmatamento dos últimos anos persistir sem a consideração de outros dados relevantes, como oscilações nos preços de commodities como soja e carne, mais de 35% de desmatamento adicional pode ser esperado. No entanto, ao levar em conta indicadores macroeconômicos e outras variáveis, é possível ter uma visão mais precisa e complexa do cenário futuro.

O economista sênior do Banco Mundial, Cornelius Fleischhaker, explicou de forma simples e didática a importância do modelo desenvolvido pelos pesquisadores do Ipam. Segundo ele, ao considerar também os indicadores econômicos dos próximos anos, a previsão se torna mais completa e precisa.

A pesquisadora Rafaella Silvestrini ressaltou o aumento do desmatamento em regiões específicas, como o sul do Amazonas e a região conhecida como Amacro, composta pelos estados do Amazonas, Acre e Rondônia. Ela alertou para a necessidade de ações efetivas para conter esse avanço.

Fleischhaker enfatizou a importância de utilizar terras improdutivas de forma eficiente, como uma alternativa para o crescimento econômico sem prejudicar a proteção ambiental. Ele destacou que as decisões econômicas tomadas longe da floresta têm um impacto direto na preservação do bioma, mostrando a interconexão entre os diferentes setores.

Com essa iniciativa inovadora, os pesquisadores do Ipam e o Banco Mundial demonstram um compromisso real com a proteção da Amazônia, trazendo uma nova esperança para a preservação desse importante patrimônio natural.

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