O recorde mensal do Tesouro Direto ocorreu em março do ano passado, com vendas totalizando R$ 6,842 bilhões. Esse volume foi impulsionado pelo vencimento de títulos corrigidos pela Taxa Selic, que foram trocados por novos papéis. No mês de março, os títulos corrigidos pela Selic foram os mais procurados pelos investidores, representando 61,5% das vendas, seguidos pelos títulos vinculados à inflação com 25,4% e os prefixados, com 8,6%.
Destaca-se o lançamento do Tesouro Renda+ em 2023, destinado ao financiamento de aposentadorias, que teve participação de 3,4% nas vendas. Já o Tesouro Educa+, criado em agosto do ano anterior para financiar uma poupança para o ensino superior, atraiu apenas 1,1% das vendas.
O aumento do interesse por papéis vinculados à Selic pode ser explicado pelo cenário de taxas de juros atrativas, com a Taxa Selic em 10,75% ao ano após algumas quedas. O estoque total do Tesouro Direto atingiu R$ 133,27 bilhões no final de março, com um aumento de 1,39% em relação ao mês anterior.
No que diz respeito aos investidores, 292,4 mil participantes se cadastraram no programa em março, elevando o total de investidores para 28.003.946. As vendas de até R$ 5 mil representaram a maioria das operações, com 82,4% do total de vendas. Os investidores estão preferindo títulos de curto prazo, com as vendas de papéis com até cinco anos representando 64,9% do total.
O Tesouro Direto, criado em 2002, permite que pessoas físicas adquiram títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional pela internet, sem a necessidade de intermediação de agentes financeiros. Essa forma de captação de recursos pelo governo visa pagar dívidas e honrar compromissos, com o Tesouro Nacional se comprometendo a devolver o valor acrescido de um adicional que pode variar de acordo com os índices financeiros previamente estabelecidos. Mais informações sobre o Tesouro Direto podem ser encontradas no site oficial do programa.
