O governo brasileiro vê nessa visita uma oportunidade para fortalecer as relações políticas, ambientais e econômicas com o Japão, incluindo a possibilidade de ingressar no mercado japonês de carne bovina, algo que tem sido almejado pelo Brasil desde 2005, sem sucesso até o momento. A qualidade sanitária da carne brasileira vem sendo destacada como um diferencial que poderia facilitar esse acesso.
Além da carne bovina, o Brasil busca também aumentar a participação do etanol brasileiro no mercado japonês. O embaixador Eduardo Paes Saboia ressalta que o etanol brasileiro é mais eficiente do que o de outros fornecedores, como os Estados Unidos.
Outro ponto de destaque é a possibilidade de o Japão participar de investimentos na neoindustrialização brasileira e no Programa de Aceleração do Crescimento. A expectativa é que acordos nas áreas de cibersegurança, ciência, tecnologia e cooperação em agricultura e meio ambiente sejam assinados durante a visita.
No campo das questões ambientais, o Brasil vê na transição energética do Japão uma oportunidade para exportar energia limpa para o país asiático. Além disso, um acordo para financiar a recuperação do Cerrado degradado e para contribuir com o Fundo Amazônia também estão entre os assuntos em discussão.
A visita do primeiro-ministro japonês ao Brasil reforça a importância das relações entre os dois países, que são membros do G20 e compartilham interesses em comum, como a reforma do Conselho de Segurança da ONU. O Japão é o segundo principal parceiro comercial do Brasil na Ásia e mantém laços históricos com a comunidade nikkei no Brasil.
Essa visita tem potencial para fortalecer os laços entre Brasil e Japão e abrir novas oportunidades de cooperação em várias áreas, trazendo benefícios mútuos para ambos os países.