Embora o tratado nunca tenha entrado em vigor, foi ratificado por 178 países, incluindo as potências nucleares França e Reino Unido, e possui um valor simbólico. Seus defensores argumentam que ele estabelece uma norma internacional contra os testes com armas atômicas, mas seus críticos afirmam que o potencial do tratado não se concretiza devido à falta de ratificação das principais potências nucleares.
No início de outubro, Putin não havia decidido sobre a retomada dos testes nucleares, apesar dos apelos de alguns especialistas em segurança e parlamentares russos para testar uma bomba nuclear como um aviso ao Ocidente. Caso a retomada aconteça, especialistas alertam para uma nova era de testes nucleares de grande potência.
O Parlamento russo ratificou o acordo em junho de 2000, pouco depois de Putin assumir o poder. O projeto de lei para revogar o tratado foi aprovado pela casa no mês passado.
Desde o início da Guerra da Ucrânia em fevereiro de 2022, altos funcionários russos têm ameaçado usar armas nucleares, embora Putin tenha sido cauteloso sobre o assunto. Na semana passada, o presidente russo supervisionou exercícios com mísseis balísticos para preparar suas tropas para um “ataque nuclear maciço” de retaliação.
É importante ressaltar que a Rússia pós-soviética nunca realizou um teste nuclear, sendo que a União Soviética fez seu último teste em 1990 e os Estados Unidos em 1992. A decisão de revogar a ratificação do tratado representa um movimento significativo por parte da Rússia e gera preocupações sobre as consequências para a estabilidade internacional e o controle de armas nucleares.