A demissão do major está relacionada às investigações da Polícia Federal (PF), que o apontaram como participante da tentativa de golpe de Estado no núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral. Denicoli foi alvo de busca e apreensão autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na Operação Tempus Veritatis, realizada pela PF na semana passada. Com a decisão da Justiça, o militar está proibido de manter contato com os demais investigados e de sair do país.
A investigação identificou que o major pertencia ao núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral, que também incluía outras figuras como o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, entre outros.
Segundo as investigações, esse grupo teria atuado na produção, divulgação e amplificação de notícias falsas e “estudos” sobre a falta de lisura das eleições presidenciais de 2022, além de supostos registros de votos após o horário oficial e inconsistências no código-fonte das urnas. O objetivo deles seria estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas, a fim de criar o ambiente propício para a execução de um golpe de Estado.
Com a demissão do major Denicoli, a Prodesp busca se distanciar de qualquer envolvimento com as atividades ilícitas atribuídas ao militar, reforçando o compromisso da companhia com a legalidade e a transparência. Esta medida também reforça a posição do governador Tarcísio de Freitas em relação a atitudes comprometedoras, demonstrando o compromisso do governo de São Paulo com a integridade das instituições e a preservação democrática do país.