Dentre os medicamentos analisados pela entidade estão os ansiolíticos, sedativos, hipnóticos, antidepressivos, analgésicos opióides e anti-histamínicos. Além disso, a Abramet ressaltou que outras medicações prescritas ou adquiridas sem prescrição, como anfetaminas, antipsicóticos e relaxantes musculares, também podem afetar a capacidade de condução segura.
A entidade lançou a diretriz com o propósito de orientar políticas públicas, com foco em chamar a atenção para os cuidados que os pacientes devem ter ao assumir a direção de um veículo. A Abramet também enfatizou a necessidade de considerar os efeitos do uso de remédios na condução no âmbito das autoridades do Executivo e do Legislativo.
A preocupação com os medicamentos potencialmente prejudiciais ao condutor não é recente. Em 2009, a Abramet recomendou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a utilização de um símbolo de alerta nas embalagens desses medicamentos. A entidade destacou ainda que a compra de remédios já responde por 6,5% dos gastos das famílias brasileiras.
Seguindo essa linha, a Abramet revelou que o consumo de medicamentos psiquiátricos disparou no Brasil após a pandemia de covid-19. O uso de remédios para ansiedade cresceu 10%, sedativos aumentaram 33% e antidepressivos saltaram 34% nesse período. A entidade apontou que em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o consumo de remédios como fator de risco para sinistros de trânsito.
A diretriz da Abramet fez uma análise detalhada de diferentes classes de medicamentos e seus respectivos efeitos prejudiciais na direção. Entre as substâncias consideradas estão antidepressivos, anti-histamínicos, benzodiazepínicos, hipnóticos Z e opiáceos. A entidade também ofereceu orientações tanto para médicos do tráfego quanto para os profissionais de saúde que prescrevem esses medicamentos, além de alertar os motoristas sobre os riscos e cuidados necessários ao dirigir sob o efeito de medicamentos.
Ações como essas reforçam a importância de conscientizar a população sobre os impactos do uso de medicamentos na condução veicular e estimulam a busca por alternativas mais seguras para prevenir e tratar doenças. O monitoramento e o controle cuidadoso do uso de remédios, especialmente aqueles com potencial de afetar a capacidade de dirigir, são fundamentais para garantir a segurança no trânsito e prevenir acidentes.