Jornal Nacional: Homem morre durante troca de tiros com policiais em Santos
No último sábado (9), um homem veio a óbito durante um suposto confronto com policiais militares em Santos, litoral de São Paulo. Este incidente eleva para 40 o número de mortes causadas por equipes da PM na Baixada Santista desde o início de fevereiro. A ação policial teve início após o assassinato do soldado Samuel Wesley Cosmo, da Rota, ocorrido no dia 2 daquele mês, em uma favela de palafitas em Santos.
De acordo com informações da SSP, o confronto deste sábado ocorreu no morro José Menino. Durante uma operação, os policiais foram recebidos a tiros, resultando em um ferido e no falecimento de um dos suspeitos. Um revólver calibre 38 e dois celulares foram apreendidos no local e as investigações estão em andamento para esclarecer os detalhes do caso.
Até o momento, 881 suspeitos foram detidos, sendo 337 deles procurados pela Justiça, durante a Operação Verão. Além disso, foram apreendidos 617 quilos de drogas e 90 armas ilegais, incluindo fuzis de uso restrito das forças armadas. A SSP também revelou que 40 suspeitos morreram em confronto com as forças de segurança, incluindo o líder de uma facção criminosa envolvida em atividades ilícitas.
A administração Tarcísio de Freitas garantiu que todos os casos de mortes em confrontos estão sendo minuciosamente investigados pela Polícia Civil e Militar, com supervisão do Ministério Público e Judiciário. Diante da crescente violência, organizações de direitos humanos denunciaram as ações da PM na região à ONU. O governador, por sua vez, demonstrou desinteresse pelas possíveis denúncias de violações apresentadas ao órgão internacional.
A Ouvidoria da Polícia relatou ter encaminhado 27 queixas de abusos durante a Operação Verão à gestão Tarcísio, mesmo após o secretário da Segurança Pública afirmar que não reconhece excessos por parte da PM. A população aguarda por mais esclarecimentos e transparência sobre o ocorrido em Santos, buscando a segurança e a justiça como pilares fundamentais da sociedade.