Graduada no curso de Direito pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Jaqueline foi a primeira estudante indígena a ser eleita em uma chapa do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e também a primeira a se tornar coordenadora-geral. Sua trajetória acadêmica era marcada pelo comprometimento com a causa indígena e sua dedicação em auxiliar e apoiar vítimas de violência, encaminhando-as para o escritório modelo de assessoria jurídica da universidade.
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) foi responsável por divulgar a triste notícia do falecimento de Jaqueline, ressaltando a importância de seu papel como liderança e defensora dos direitos indígenas. O grupo, juntamente com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), pede às autoridades competentes que investiguem as circunstâncias do acidente que resultou na morte da jovem, para que haja justiça e responsabilização.
A Funai emitiu uma nota lamentando a perda de Jaqueline e expressando solidariedade aos amigos, familiares e ao povo Kaingang. A jovem estava internada na UTI da Santa Casa de Rio Grande há uma semana, lutando pela vida após o trágico ocorrido que interrompeu prematuramente sua promissora trajetória.
A morte de Jaqueline Tedesco deixa um vazio na luta indígena e acadêmica do país, reforçando a importância de seu legado e comprometimento com a defesa dos direitos dos povos originários. Sua partida precoce é motivo de luto e consternação entre aqueles que acompanhavam e admiravam sua trajetória de luta e resistência.