A proibição da venda de álcool líquido com percentual igual ou superior a 54 GL em estabelecimentos comerciais em 2002 foi uma medida importante para tentar evitar esse tipo de acidente. No entanto, em 2020, durante a pandemia de covid-19, essa proibição foi temporariamente revogada devido à necessidade de uso do álcool para a higienização. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária prevê que a comercialização de álcool líquido será permitida apenas até o dia 29 de abril, sendo disponível apenas em outras formas físicas como gel, lenço impregnado e aerossol.
Os riscos associados ao uso de álcool em churrasqueiras e fogueiras são destacados pelo Ministério da Saúde, que registra cerca de 150 mil internações por ano devido a queimaduras. A facilidade de espalhamento do álcool quando em estado líquido é um dos fatores que torna o produto perigoso, conforme explica a Anvisa.
Pedro Ernesto, agora com 27 anos, compartilhou sua experiência de superação após o acidente, que resultou em queimaduras de terceiro e segundo grau em diversas partes do corpo. Apesar das dores e do tratamento doloroso, o jovem seguiu em frente e encontrou na preparação de drinks sua vocação como bartender.
A discussão sobre a liberação da venda de álcool líquido nos supermercados trouxe opiniões divergentes, com a Associação Brasileira de Supermercados defendendo o acesso do consumidor a esse produto, enquanto Pedro Ernesto alerta para os perigos do álcool líquido e apoia a proibição de sua venda. A experiência traumática vivida por ele o fez refletir sobre a importância de encarar a vida com otimismo e superar os obstáculos, mantendo uma visão positiva mesmo nos momentos mais difíceis.