De acordo com a associação, a medida tomada de forma monocrática e às vésperas do julgamento no CNJ é considerada inadequada. Os magistrados em questão possuem histórico de conduta ilibada e décadas de serviços prestados à magistratura nacional, o que torna seus afastamentos das funções jurisdicionais totalmente desarrazoados, segundo a Ajufe.
A determinação de afastamento de Gabriela Hardt se deu em decorrência de possíveis irregularidades em decisões que autorizaram o repasse de R$ 2 bilhões oriundos de acordos da Lava Jato para um fundo gerido pela força-tarefa da operação. Além disso, Salomão apontou que a juíza teria discutido os termos do acordo fora dos autos, através de mensagens no aplicativo WhatsApp.
A juíza Gabriela Hardt optou por não se manifestar sobre seu afastamento, de acordo com a assessoria de imprensa da Justiça Federal em Curitiba. A liminar que determinou o afastamento dos magistrados está prevista para ser julgada amanhã (16) pelo plenário do CNJ.
Diante desse cenário, a decisão de Salomão gerou controvérsias e levantou questionamentos sobre os limites das atribuições dos corregedores em relação aos procedimentos que envolvem magistrados. O desfecho desse caso será aguardado com expectativa pelos operadores do direito e pela sociedade em geral.