De acordo com a Senacon, o dióxido de cloro estava sendo comercializado como medicamento por redes de desinformação que se posicionam contra o programa nacional de imunização, divulgando informações sem qualquer embasamento científico. Essas redes afirmavam que o produto poderia “inativar” imunizantes e até mesmo ser uma “cura” para diversas condições clínicas, incluindo o autismo.
As plataformas notificadas foram identificadas como Planeta Detox, Casa dos Naturais, Purificadordeagua.shop, AZ Natura, CLO2, Betesda Purificadores, Purifica Brasil, Nutriwave, Farma Cerrado e Dragon Fire Gateway. Segundo a Senacon, a disseminação dessas falsas informações pode prejudicar não apenas pessoas com condições clínicas sérias, como o autismo, mas também suas famílias e a comunidade de profissionais da saúde, além de colocar os consumidores em risco grave à saúde.
O dióxido de cloro, conhecido por diferentes nomes como MMS, CDS e Solução Mineral Milagrosa, é uma substância altamente reativa e tóxica, podendo causar sérios efeitos adversos à saúde quando ingerida. Irritação nasal, nos olhos, pulmões e garganta, náuseas, vômitos, dificuldades respiratórias, diarreia e até mesmo complicações graves, incluindo a morte, estão entre os efeitos adversos relatados.
Essa ação da Senacon faz parte do Programa Saúde com Ciência, uma iniciativa interministerial que envolve diversos órgãos, como o Ministério da Saúde, a Secom, a AGU, a CGU, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e o Ministério da Justiça e Segurança Pública. O programa tem como objetivo promover e fortalecer políticas públicas de saúde e valorizar a ciência, combatendo a desinformação na área da saúde e promovendo informações corretas e confiáveis para a população.