Briga entre torcedores argentinos e brasileiros em Copacabana após final da Libertadores termina com torcedor agredido

Um torcedor argentino foi agredido durante uma briga em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, após a partida final da Taça Libertadores entre Fluminense e Boca Juniors. A confusão aconteceu na altura da rua Santa Clara, pouco depois do término do jogo —no qual o time carioca foi o vencedor.

Segundo informações da Polícia Militar, o torcedor foi acusado por frequentadores de um bar de ter furtado o estabelecimento, o que deu início à briga. O indivíduo precisou ser socorrido pelos agentes, e a ocorrência está em andamento. Até o momento, não há informações sobre detidos relacionados ao episódio.

A final da Taça Libertadores deu-se no Estádio Maracanã, localizado na zona norte do Rio de Janeiro. Contudo, os torcedores argentinos que não possuíam ingressos para a partida optaram por se concentrar em Copacabana. Essa concentração acabou resultando em conflitos entre torcedores.

De acordo com um balanço parcial divulgado pela Polícia Militar, ao longo do jogo a corporação foi acionada apenas para controlar tumultos pontuais. Um desses tumultos ocorreu na entrada do Maracanã, pouco antes do início da partida.

A confusão, especificamente, aconteceu na entrada E, destinada aos torcedores do Boca Juniors. O confronto envolveu torcedores e seguranças durante a chegada da torcida organizada La 12. Na ocasião, o grupo carregava bandeiras e tambores quando a briga começou. Para conter os argentinos, os policiais lançaram bombas de gás lacrimogêneo.

Outro tumulto, segundo relatos da Polícia Militar, ocorreu entre torcedores do Fluminense e da equipe argentina na estação de metrô da Central do Brasil, localizada no centro da cidade. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram torcedores do Fluminense atirando bebidas e lixeiras contra os adversários.

A Polícia Militar afirmou que não houve prisões ou pessoas detidas durante os dois tumultos. A corporação comunicou que os agentes conseguiram dispersar os torcedores por meio de ações estratégicas.

Além disso, foi informado que, até o momento, cinco pessoas foram presas por estarem com crachás falsos para assistir a final da Libertadores. Nas proximidades do Maracanã, outros 15 indivíduos foram detidos por estarem efetuando estacionamentos irregulares na região.

Já na noite de sexta-feira (3), véspera do jogo, três pessoas foram presas por envolvimento em venda ilegal de ingressos.

Para garantir a segurança dos torcedores, a Polícia Militar reforçou o policiamento nos principais pontos de concentração, como o Maracanã, Copacabana, o Sambódromo, o Terreirão do Samba e a Praça Varnhagem, na Tijuca. Segundo a PM, não foram registradas ocorrências nesses três últimos pontos mencionados.

Ainda de acordo com informações da Polícia Militar, não houve registros de feridos desde a véspera do jogo até o momento de seu término.

Os últimos dias foram marcados por momentos de tensão no Rio de Janeiro. Apoiadores do Fluminense e do Boca Juniors se envolveram em confronto na praia de Copacabana na quinta-feira (2).

Nesse mesmo dia, nove torcedores foram detidos em dois focos diferentes de confusão entre torcedores em Copacabana. Dos indivíduos encaminhados à delegacia, sete eram argentinos e dois eram brasileiros. A mídia argentina divulgou um áudio em que um dos líderes da torcida organizada La 12 convoca os torcedores do Fluminense para um confronto.

Diante desses episódios, a Conmebol convocou uma reunião com a presença de lideranças da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), da AFA (Associação do Futebol Argentino), do Fluminense e do Boca Juniors para discutir possíveis medidas a serem tomadas.

Visando acalmar os ânimos, os times divulgaram vídeos pedindo calma aos seus torcedores.

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