Chefe da diplomacia da UE critica ameaças de Trump à Otan: “Não pode ser aliança ‘à la carte'”




Notícias sobre ameaça de Trump à Otan

Trump ameaça interromper proteção à Otan

Em um discurso de campanha, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou interromper a proteção a países da Otan que estão inadimplentes com gastos de defesa. Essa declaração gerou uma reação do chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, que afirmou nesta segunda-feira (12) que a aliança militar não pode “depender do estado de espírito” de Washington.

Borrell ressaltou que a Otan não pode ser uma aliança “à la carte” e não pode funcionar dependendo do humor do presidente dos EUA. Ele afirmou que a Otan existe ou não existe e não irá comentar qualquer ideia tola que surja durante a campanha nos EUA.

No sábado, Trump causou reação ao afirmar que, se eleito novamente, não defenderia os países da aliança militar que estão atrasados nos seus pagamentos. Além disso, ele também afirmou que encorajaria a Rússia a fazer o que quisesse com esses países, o que evidencia o risco de fratura no pacto militar da aliança caso Trump ganhe um novo mandato na Casa Branca.

Os comentários de Trump são um sinal de que, caso seja reeleito, ele pode ameaçar o compromisso com a defesa mútua que está no cerne da aliança da Otan, num momento em que os temores em relação à Rússia aumentaram após a guerra contra a Ucrânia.

O tratado da Otan contém uma cláusula que garante a defesa mútua dos estados membros se um deles for atacado. Trump, favorito à indicação presidencial republicana, foi um crítico ferrenho da aliança militar ocidental quando era presidente, ameaçando repetidamente sair da aliança e diminuindo o financiamento de defesa para a Otan.

Essas declarações geraram uma onda de respostas de representantes do Ocidente ao longo do domingo (11), evidenciando a repercussão das palavras do ex-presidente dos EUA.

Líderes da Otan questionam compromisso de proteção dos EUA

Trump mencionou em seu discurso uma reunião com líderes da Otan, onde um presidente de “um grande país” teria questionado sobre o apoio de Washington em caso de uma agressão russa. Segundo Trump, ele teria respondido que não protegeria os países inadimplentes com os pagamentos e encorajaria os russos a fazer o que quisessem. Essa postura do ex-presidente dos EUA evidencia um possível abalo nas relações entre os países da Otan e os EUA, caso Trump retorne à presidência.

Os riscos para a aliança militar

Os riscos de fratura na aliança da Otan são evidentes diante das declarações de Trump, que ameaçam comprometer a defesa mútua entre os países membros. Caso haja uma mudança na liderança dos EUA, é possível que a Otan enfrente desafios para manter sua coesão e eficácia como uma aliança militar.


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