Conib entra com ação na Justiça contra fundador de Opera Mundi por “incitar caçada aos judeus” e pede suspensão das redes sociais.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) recorreu à justiça novamente, solicitando a abertura de um processo contra o fundador do site Opera Mundi, Breno Altman. A entidade acusa Altman de incitar uma caçada aos judeus, em resposta ao seu apoio ao ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoino, e ao Movimento BDS (Boicote, Desinvestimento, Sanções). O Movimento BDS organiza um boicote a produtos originários de assentamentos criados pelo Estado de Israel em territórios que outrora pertenciam à Faixa de Gaza e à Cisjordânia.

A Conib argumenta que Altman deveria ter suas redes sociais suspensas e ser proibido de participar de lives, vídeos e manifestações sobre a questão palestina, sob pena de prisão preventiva. Segundo a entidade sionista, o jornalista estaria incitando o ódio contra os judeus e divulgando ideologias nazistas ao concordar com a sugestão de boicotar empresas israelenses.

Altman, por sua vez, critica o sionismo, ideologia política que norteia o atual governo de Israel, liderado pelo premiê Benjamin Netanyahu. Ele argumenta que o sionismo é movido por ideias racistas e impõe um regime de apartheid aos palestinos que vivem nos territórios controlados por Israel. Além disso, Altman recebeu apoio de historiadores e intelectuais, incluindo israelenses e norte-americanos de origem judaica.

Vale ressaltar que todas as ações contra Altman até o momento são decisões judiciais monocráticas e em caráter liminar, ou seja, nenhuma delas julgou o mérito das acusações. A ação da Conib parece ter como objetivo censurar os comentários críticos de Altman ao sionismo, levantando questões sobre liberdade de expressão e liberdade de imprensa.

O embate entre a Conib e Altman continua a levantar questões importantes sobre liberdade de expressão, liberdade de imprensa e os limites do ativismo político em relação a questões sensíveis como o conflito entre Israel e Palestina. A decisão sobre o caso ainda é aguardada, e a batalha legal deve continuar a atrair a atenção da mídia e da opinião pública.

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