Empresas de maquininhas se opõem ao desligamento do sinal 2G e 3G pelas operadoras de telefonia móvel.

As empresas de maquininhas estão se mobilizando contra a intenção das operadoras Vivo, TIM e Claro de desligar os sinais de telefonia móvel 2G e 3G. A proposta está sendo analisada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

Representadas pela Abranet (Associação Brasileira de Internet), as empresas de maquininhas alegam que dependem das conexões 2G e 3G para realizar operações em áreas rurais e regiões remotas onde ainda não há cobertura adequada de redes 4G e 5G.

Em um comunicado enviado à agência nesta quarta-feira (1), a associação pediu cautela ao tomar uma decisão sobre o tema. De acordo com a Abranet, a cobertura das redes móveis de telecomunicações ainda é limitada apenas às sedes dos municípios e a grandes centros urbanos.

“Uma grande parte do território nacional não possui cobertura planejada e provavelmente não terá no futuro devido à falta de obrigações regulatórias e interesse econômico”, ressalta a Abranet.

A entidade ainda argumenta que muitos equipamentos utilizados por estabelecimentos comerciais só operam com as tecnologias 2G e 3G. No setor de varejo, a maioria das maquininhas opera em redes 3G.

Por outro lado, as operadoras estão defendendo o desligamento das redes antigas, alegando que isso resulta em altos custos sem gerar receitas significativas. A Anatel abriu uma consulta pública a pedido da Conexis, associação que representa o setor, para discutir o desligamento dos sinais 2G e 3G. A proposta é substituir essas tecnologias pelo 4G e 5G, que funcionariam nas mesmas faixas de frequência.

As frequências são como as avenidas pelo ar por onde as operadoras transmitem seus sinais sem interferências. O 2G foi a tecnologia predominante até 2005, permitindo apenas a troca de mensagens de texto. Já o 3G foi introduzido em 2014 e viabilizou o acesso à internet móvel.

Ambas as tecnologias coexistiram e forneceram serviços para cerca de 200 milhões de usuários no passado. No entanto, atualmente, de acordo com a Anatel, há menos de 20 milhões de usuários utilizando esses sinais.

A disputa entre as empresas de maquininhas e as operadoras de telefonia móvel é um reflexo das transformações tecnológicas em curso e dos desafios enfrentados para garantir conectividade em todas as partes do país. A decisão da Anatel em relação ao desligamento das redes 2G e 3G terá impacto direto na infraestrutura de comunicação e nos serviços disponíveis para a população em áreas remotas e rurais, onde as maquininhas atuam.

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