Esquema de fraude e contrabando: Empresários do shopping Feira da Madrugada são alvo de busca e apreensão pela Polícia Civil




Feira da Madrugada: Caso de polícia envolve empresários e esquemas fraudulentos

Feira da Madrugada: Caso de polícia envolve empresários e esquemas fraudulentos

Na tentativa de pôr fim a esquemas fraudulentos e ao contrabando, o shopping Feira da Madrugada, localizado no Brás, em São Paulo, voltou a ser alvo de polêmicas. Empresários que controlam o centro comercial foram alvo de busca e apreensão pela Polícia Civil, em uma operação que visa desmantelar possíveis atividades ilícitas.

Celulares, notebooks e pendrives foram apreendidos durante a operação policial, e os investigadores agora analisam o conteúdo desses dispositivos em busca de provas que possam confirmar denúncias de formação de quadrilha no local.

O shopping Feira da Madrugada é administrado pela Circuito de Compras, uma Sociedade de Propósito Específico, controlada pelo fundo Talismã. As investigações apontam que alguns dos empresários envolvidos adquiriram lojas por preços muito abaixo dos determinados no edital de concessão municipal.

Principais envolvidos

Os principais cotistas do Talismã envolvidos no caso são Lak Jung Son, Rubens Elias Zogbi Filho e Bruno Guedes Pereira, enquanto a ZSRX Investimentos, acionista minoritária, tem como donos Paulo Zhu, Ronaldo Zhu e Chen Wefen. Esses empresários são apontados como pivô de um esquema de fraude na administração dos contratos de locação das lojas do shopping, montando uma administração paralela.

As investigações revelam que as transações para a aquisição das lojas foram realizadas a preços significativamente abaixo do determinado no edital de concessão, resultando em um prejuízo de R$ 1,6 milhão, de acordo com as informações obtidas.

Escândalos anteriores

Essas denúncias não são novas. Em 2022, as práticas abusivas desse grupo já haviam sido discutidas na CPI da Pirataria pela Câmara Municipal de São Paulo. Na época, Paulo Zhu e Rubens Zogbi foram convocados para prestar depoimento, alegando falta de retorno do investimento no empreendimento e acusando a prefeitura de não fiscalizar pirataria no local.

Revelações chocantes

As investigações da Polícia Civil revelam um cenário de violência e extorsão dentro do shopping Feira da Madrugada. A antiga diretoria teria criado uma divisão própria para controlar as atividades, com relatos de agressões físicas, estelionato e extorsão contra comerciantes. Alguns comerciantes, após fazerem o pagamento dos espaços, não recebiam as chaves e tinham seus boxes vendidos para terceiros, sob ameaças e agressões em caso de reclamação.

Diante dos fatos, o Circuito de Compras se recusou a comentar o assunto. Os envolvidos não foram localizados para prestar esclarecimentos sobre as acusações. O caso segue em investigação pelas autoridades competentes, em busca de mais detalhes e provas que possam confirmar as irregularidades.

Por Diego Felix


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