Estudo revela que tamanho e estrutura do crânio influenciam expectativa de vida de cachorros, apontando vida mais longa para raças de porte pequeno.




Longevidade dos cães: tamanho e estrutura craniana influenciam expectativa de vida

Longevidade dos cães: tamanho e estrutura craniana influenciam expectativa de vida

Um estudo recente mapeou a longevidade de centenas de milhares de cães criados no Reino Unido, classificados como membros de 155 raças diferentes, indicando que fatores como tamanho e estrutura do crânio têm um impacto significativo sobre a expectativa de vida dos cães.

De acordo com a pesquisa, raças de pequeno porte e com focinho mais longo tendem a viver mais, com uma média de 13,3 anos. Já os animais de grande porte e principalmente os de focinho achatado podem viver vários anos a menos.

O estudo, publicado no periódico Scientific Reports, foi coordenado por Kirsten McMillan, da ONG britânica Dogs Trust, em parceria com pesquisadores da Universidade John Moores de Liverpool.

Os pesquisadores coletaram dados de 284.734 cães que faleceram, dentro de um universo de quase 600 mil animais, obtendo informações de empresas veterinárias, universidades e companhias de seguro para pets, entre outras fontes.

É importante ressaltar que as conclusões se referem apenas aos cães criados no Reino Unido e que o contexto em outros países pode ser bem diferente. A base de dados inclui ainda animais mestiços, desde cruzamentos recentes de cães com pedigree até vira-latas.

O estudo lança dúvidas sobre a ideia comum de que animais mestiços tendem a viver mais, já que em média os animais “de raça” incluídos no estudo viviam 12,7 anos, contra 12 anos no caso dos mestiços.

Além disso, o estudo revela que, em média, as fêmeas vivem mais tempo que os machos, respeitando um padrão esperado em muitas espécies de mamíferos, inclusive a nossa.

Entre os cães, o tamanho também influencia a longevidade. Das três primeiras posições no ranking de longevidade, duas são ocupadas por subgrupos de tamanho pequeno, enquanto os cães de porte grande e focinho achatado estão entre os que vivem menos.

Não é surpresa que os cães de focinho achatado estejam entre os que vivem menos, já que eles são propensos a diversos problemas de saúde, como estresse respiratório e problemas cardíacos.

Esses problemas têm levado a discussões sobre mudanças no padrão morfológico das raças e nos cruzamentos, visando evitar que animais com características faciais extremas e menos saudáveis continuem a se reproduzir.


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