Ex-ministro da Educação Abraham Weintraub lança pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo e planeja ação judicial para candidatura independente.






Pré-candidatura de Abraham Weintraub à Prefeitura de São Paulo

O ex-ministro Abraham Weintraub anuncia pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo

Na última sexta-feira, 26 de maio, Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação, lançou sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo. O anúncio foi feito em uma publicação na rede social X, onde o político está rompido com o atual presidente Jair Bolsonaro desde 2022, e se tornou crítico do clã Bolsonaro. Ao anunciar sua intenção de entrar na disputa, Weintraub afirmou que sua estratégia será judicializar a possibilidade de uma candidatura independente. Ele é filiado ao Partido da Mulher Brasileira, no entanto, a legislação brasileira não permite candidaturas sem filiação partidária, de acordo com a Constituição Federal de 1988, artigo 14, parágrafo 3º, inciso V.

O político já vinha manifestando interesse na disputa desde novembro do ano passado, mas agora deseja uma candidatura avulsa, algo sem precedentes na história recente das eleições brasileiras e que confronta diretamente a Constituição Federal e o Código Eleitoral. No entanto, caso a estratégia jurídica não viabilize a candidatura independente, Weintraub afirmou que a sigla PMB, à qual é filiado, não terá espaço para abarcar o seu projeto e que, fora da disputa, ele não projeta apoio em nenhum dos pré-candidatos que despontam para a eleição. O político também pediu ajuda financeira em uma live no YouTube, realizada no mesmo dia do anúncio, para financiar ações judiciais e a elaboração de materiais de campanha.

Abraham Weintraub, que foi o segundo ministro da Educação da gestão de Jair Bolsonaro, vem se aproximando do anúncio da pré-candidatura desde que rompeu com o bolsonarismo, criticando Bolsonaro sobretudo pela aproximação com políticos do Centrão. A trajetória política de Weintraub inclui uma passagem pelo Banco Mundial e uma candidatura frustrada ao cargo de deputado federal em São Paulo.

A intenção de concorrer à Prefeitura de São Paulo movimentou a cena política e jurídica do país, uma vez que colocou em xeque a legislação eleitoral brasileira e a própria Constituição Federal. Agora, resta aguardar os desdobramentos jurídicos dessa decisão inovadora e polêmica.


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